18/08 - Política Nacional de Saúde Integral da População Negra
O dia foi da palestrante Thais Souza, acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná, que trouxe temas importantes a respeito da população negra. A seguir os anexos da esplêndida apresentação.
04/09/2018 - Ações afirmativas e Fanzinis
A manhã foi de palestra no auditório. Com uma palestra
para refletirmos e discutirmos sobre as ações afirmativas e a desconstrução do
racismo. As palestrantes Débora Kaule e Valéria Oliveira abordaram algumas
ações que acontecem na universidade federal do Paraná e sobre a unidade
administrativa da SEPOL que dão suporte para todos os assuntos estudantis.
Trataram com os alunos sobre as ações afirmativas. As cotas na UFPR litoral é
uma dessas ações e trouxeram um levantamento de quantos alunos entraram por
contas e como funciona. Também abordaram a historia do negro no Brasil, como a
escravidão, a resistência negra e a pós-abolição. As palestrantes deram uma
aula de história e luta do povo negro e mostraram mais uma vez as lutas e
conquistas que aos poucos em “passos de tartarugas”, os brancos estão pagando
as dívidas de anos com o povo negro.
No período da tarde logo após o almoço as
14:30hs. As palestrantes Valéria
Oliveira e Débora Kaule, propõem aos alunos que estão presentes no auditório
uma atividade de produção de fanzinis ( uma revista feita com cartolina e
colagens).
Antes de dar ínicio a produção dos fanzinis.
A fala se inicia primeiramente com a palestrante Edicélia; os dizeres vêm desde
aos conhecimentos sobre cotas no ensino superior e de seus relatos de
vivencias, como o seu ingresso no mestrado pelas cotas. A palestrante afirma
que ainda há obstáculos para os negros, como a carta de vivencia que precisa
ser apresentada. A carta deve conter a caminhada até sua chegada ao mestrado,
com dizeres que fazem relembrar as dores e sofrimentos que muitos passaram para
chegar onde estão.
Logo em seguida a palestrante Valéria
Oliveira já encaixa nas falas sobre a luta para um negro (a) ser graduado na
academia. Enfatiza a necessidade de sempre que possível dizer com orgulho os
feitos que tiverem, sejam publicações em revistas, livros, graduações, porque o
negro deve se sentir orgulhoso pelas suas conquistas.
Neste mesmo momento podemos compreender com a
palestrante Débora Kaule, como funcionam as bancas de validação para o ingresso
em cotas. Essas questões que tratam de ações afirmativas se encontra no NEAB,
núcleo que visa tratar de assuntos estudantis dos negros (as).
A pausa foi dada para o coffee break e depois
de alguns minutos voltaram para dar inicio a confecção dos fanzini.
Metáfora Étnica - Trabalho do Professor do ERER
FORMAÇÃO DE
PROFESSORES 2017/2018
Metáfora Étnica
(por Valdo de Souza
Melo)
INTRODUÇÃO
Há, entre o que o
discente faz sozinho, partindo da sua própria intenção, e o conhecimento a ser
adquirido, formalmente organizado, um percurso que só poderá ser feito com a
intervenção de indivíduos mais experientes da sociedade. Inclui-se, entre eles,
evidentemente, o professor.
Com o papel historicamente definido de
socializador do conhecimento, o professor deve ser incluído, juntamente como
aluno, no centro da discussão sobre o currículo. Cabem a ele tarefas
específicas, no sentido de construir no educando uma relação de curiosidade e indagação com o saber, bem
como consolidar as formas de atividades que levam à aprendizagem. Desenvolver
no aluno a atividade de estudo é parte integrante e fundamental do processo de
ensino.
O ensino deve
fornecer situações em que se possibilite a formação de novas categorias de
pensamento e de novos conceitos, a partir das informações e experiências novas
trazidas pelo professor. Se este processo for bem orientado, o aluno
constituirá novos conceitos que foram instigados pelo novo conhecimento e pela
forma como foi conduzida sua relação com ele. É exatamente nesta forma de
entrar em relação com o conhecimento que se insere a atividade de estudos, tendo como exemplo as relações sociais étnicas.
Em
sociedades como a nossa, em que o pertencimento a um grupo social ou racial é
enfatizado, o desenvolvimento da identidade racial ocorrerá de alguma forma com
qualquer pessoa. Dada a situação desigual entre brancos e negros, não é
surpresa que este processo de desenvolvimento se desdobre de diferentes
maneiras. Partindo deste princípio que procurei desenvolver, sob o título de
Projetos de Diversidade, atividades que direcionassem os alunos para a
construção da sua verdadeira identidade por meio das múltiplas interações
sociais e das relações que estabelece, porém sendo crítico á influência do meio
que o cerca. Leituras de textos alternativos, montagem de painéis, pesquisas
orientadas e dinâmicas de grupos, subsidiaram o tema que deixou de ser polêmico
e tornou-se agradável e de descontração para os alunos.
OBJETIVOS
Contribuir com a formação moral do educando.
Desenvolver a educação do espírito e da mente para o
bem comum, em diversos aspectos, regras e preceitos e o que se deve e o que não
se deve fazer em uma proposta de equidade social.
Envolver o jovem negro na prática reiterada de hábitos
de emponderamento, valorizando a contribuição do grupo étnico que pertence.
CONSIDERAÇÕES
Considerando que o
cérebro humano se encontra em processo de desenvolvimento permanente e o
diálogo entre a biologia da espécie e a cultura, acontece principalmente em
ambiente escolar, uma visão voltada para a nossa realidade social, é um fator que interfere diretamente no desenvolvimento
da criticidade discente.
A diversidade
cultural é um fenômeno que sempre acompanhou a humanidade. No Brasil, há
diversas tradições culturais, algumas mais popularizadas e outras pouco
conhecidas. Algumas valorizadas outras pouco respeitadas. É constitutivo das
sociedades humanas apresentarem um mecanismo diferenciador: quando o encontro
de duas sociedades parece gerar um resultado homogêneo em seu
interior surgem diferenças significativas, que marcam as fronteiras entre os
grupos sociais. Por outro lado, sociedades que estão em contato há muito tempo
mantêm com zelo os elementos significativos de sua identidade.
Os “conteúdos”
escolhidos para o currículo irão, sem dúvida, ter um papel importante na
formação. As atividades para conduzirem às aprendizagens, precisam estar
adequadas às estratégias de desenvolvimento próprias de cada idade. Em outras
palavras, a realização do currículo precisa mobilizar algumas funções centrais
do desenvolvimento humano, como a função simbólica, a memória, a atenção e a
imaginação.
-
Período de Desenvolvimento
-
Conhecimento Formal X Conhecimento Informal
-
Comprometimento Sensorial
-
Comprometimento Cognitivo
-
Compensação (Sensorial e Cognitivo)
-
Motivação
OBS: Metáfora é uma figura de linguagem onde
se usa uma palavra ou uma expressão em um sentido que não é muito comum,
revelando uma relação de semelhança entre dois
termos.
Metáfora é um termo
que no latim, "meta"
significa “algo” e “phora”
significa "sem sentido". Esta palavra foi trazida do grego onde metaphorá significa "mudança" e
"transposição".
21/07/2018 - A epistemologia do racismo no Brasil
O dia deste sábado foi dedicado a epistemologia do racismo no Brasil por Celio
Jamaica. O Professor trouxe um percurso no qual demonstra a gênese do racismo
no Brasil através de um estudo minucioso da História e da Cultura Brasileira.
07/07/2018 - Metodologias de trabalho e cinema negro
O tema abordado na parte da manhã foi metodologias de trabalho com a História e Culturas afro-brasileiras no Litoral, ministrado pela professora Edicélia Maria. A convidada especial, Fernanada, do curso de Licenciatura em Artes do Setor Litoral, desenvolveu um trabalho com pinturas no rosto. Tal arte foi trazida da Nigéria como parte da identidade de um povo.
Logo após, a professora Edicélia trouxe uma proposta para incluir a legislação de Relações étnico raciais nos Projetos Pedagógicos das escolas.
Para encerrar a tarde do dia 07, a Ana Josefina Ferrari trouxe uma proposta de trabalho com cinema negro nas escolas. Anexando o material proposto pelo Ministério da Educação para as Relações
étnico raciais e complementou o material com as últimas produções tanto cinematográficas quanto televisivas.
Para encerrar a tarde do dia 07, a Ana Josefina Ferrari trouxe uma proposta de trabalho com cinema negro nas escolas. Anexando o material proposto pelo Ministério da Educação para as Relações
étnico raciais e complementou o material com as últimas produções tanto cinematográficas quanto televisivas.
23/06/2018 - Feminismo negro e Quilombolas
O assunto da parte da manhã foi a respeito do gênero e feminismo negro no Brasil e no
Litoral do Paraná. A estudante Talita da Unespar apresentou sua pesquisa sobre
feminismo negro no Brasil a partir da proposta teórica de Judith Buttler e da
historiadora brasileira Beatriz Nascimento. Foram também ouvidos os testemunhos
de mulheres negras.
A segunda parte do dia 23 foi composta por uma apresentação do professor Ilton e Antônio Gonçalves, quilombolas do Litoral do Paraná que vieram fazer o convite para a
aula de campo do dia 11/08 na comunidade. A aula será sobre a Memória
quilombola no Litoral do Paraná.
16/06/2018 - Relações étnico raciais e Lei 10639 nas escolas
A parte da manhã do curso focou a revisão e contextualização das relações étnico
raciais no Brasil.Ana Josefina Ferrari,a qual realizou uma retomada do relato da História do Brasil a partir da
perspectiva negra, foi quem ministrou a aula. A docente trouxe diferentes autores negros ( historiadores,
sociólogos, antropólogos) que contam uma versão pouco conhecida da história do
Brasil no período da escravidão.
Já a segunda parte do curso centralizou a atenção nas metodologias de trabalho para a implementação da
Lei 10639 para as séries iniciais. Edicélia Maria dos Santos Souza foi a docente
trouxe parte de sua pesquisa de doutorado na qual elabora uma metodologia de
trabalho com as relações étnico raciais. Utilizaram até mesmo a contação de
histórias com bonecos como uma das ferramentas utilizadas para o combate ao racismo
nas escolas.
09/06/2018 - A juventude negra no nosso país: ontem, hoje e amanhã
A abertura do curso foi com chave de ouro, contando com uma mesa de diálogo composta:
Janete Iode, representante do núcleo regional do litoral;
Renato Bochicchio, diretor do Setor Litoral;
Valéria Oliveira, secretária de Políticas afirmativas UFPR Litoral;
Edicélia, representante do Comitê de Políticas afirmativas da Prefeitura de Pontal
do Paraná;
Luci Gonçalves Alves, representante da Secretaria de Educação de Paranaguá;
Representante da Unespar Campus Paranaguá;
Ana Josefina Ferrari, coordenadora do Curso ERER;
Janete Iode, representante do núcleo regional do litoral;
Renato Bochicchio, diretor do Setor Litoral;
Valéria Oliveira, secretária de Políticas afirmativas UFPR Litoral;
Edicélia, representante do Comitê de Políticas afirmativas da Prefeitura de Pontal
do Paraná;
Luci Gonçalves Alves, representante da Secretaria de Educação de Paranaguá;
Representante da Unespar Campus Paranaguá;
Ana Josefina Ferrari, coordenadora do Curso ERER;
“A juventude negra no nosso país: ontem, hoje e amanhã” foi a segunda parte do curso nesse dia, ministrado pelo Professor Valdo de Souza Melo. Os objetivos da aula do professor envolviam o desenvolvimento da educação do espírito e da mente para o bem comum, em diversos aspectos, regras e preceitos e o que se deve ou não fazer em uma proposta de equidade social. Além de envolver o jovem negro na prática reiterada de hábitos de empoderamento, valorizando a contribuição do grupo étnico que pertence.
ERER: Educação para as relações étnico Raciais
A formação docente é um dos objetivos do Ministério de Educação e das Secretarias estaduais e municipais de Educação do nosso Estado. Há a necessidade de atualização e formação daqueles que atuam diretamente sobre a base da nossa sociedade: os professores. Uma dessas necessidades de formação é produzida a partir da promulgação, no ano 2003, da Lei que determina a obrigatoriedade do estudo da História e Cultura afro-brasileira e africana nos estabelecimentos de ensino público e privado e que estipula o dia 20 de novembro como o Dia da Consciência Negra. No entanto, a partir de um levantamento realizado na cidade de Matinhos, observamos desde 2015, no projeto Licenciar "Mutirão das memórias" que a lei está sendo atendida de modo parcial, ou seja, somente é realizada a comemoração do dia 20 de novembro, mas não se trabalha nas salas de aula com conteúdos de História e Culturas afro brasileiras.
O motivo, aduzido pelos docentes na cidade de Matinhos, é a falta de Formação de Professores na área. Ouvindo esta demanda da Educação básica Matinhense, consultamos o Núcleo Regional de Educação que constatou nossos dados. Por este motivo, em conjunto com a SEPOL (Secretria de Políticas Afirmativas) da UFPR Litoral, o NEABi+ Litoral, docentes do Estado, o Conselho pela Igualdade Racial de Pontal do Paraná, e a equipe Licenciar Mutirão das Memórias, decidimos oferecer um curso de extensão de 120h/a direcionado a Professores de escolas públicas e privadas do Litoral do Paraná e a licenciados e licenciandos.
O curso está em andamento e teve uma inscrição de 250 professores e licenciandos. Essa grande demanda no Litoral do Paraná indica a necessidade de trazer a temática para a região e nos leva à reflexão que pretendemos apresentar. Nosso objetivo , no presente trabalho é apresentar esta ação afirmativa realizada a partir da ação colaborativa e apresentar os resultados da mesma. Partimos da hipótese de que é preciso reforçar e traçar mais e melhores estratégias para que consigamos livrar, através da educação, o Brasil do racismo que o assola.
As publicações seguintes serão relatórios de encontros ocorridos desde o início do curso.
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